A gravidez precisa mesmo ser desromantizada. Já temos tantos textos e pessoas falando o quão maravilhosa é a gravidez que textos como esse precisam mesmo ser divulgados: a realidade nua e crua. Claro, há um certo exagero. Nem todos os desconfortos relatados serão sentidos por todas as gestantes. Eu mesma não senti tudo isso que foi relatado aqui. Mas, acredito que a intenção é informar o que pode acontecer nesse período de tantas mudanças. E, só por isso, é válida a leitura. Um pré-natal bem feito pode evitar muito desconforto. E esse desconforto geralmente é só ao final mesmo (claro, tem mulheres que passam os 3 primeiros meses bem mal, mas não são todas). Por sorte, tudo isso passa rápido. Há quem sinta saudade dessa fase (não sei se vou sentir). No mais, precisamos dar aos pais a responsabilidade que é deles, dividir as tarefas e deixar que eles cuidem também do filho. O problema é que nós mulheres, muitas vezes, pensamos que só o nosso jeito de cuidar é certo. Precisamos deixar os pais exercitarem também a paternidade deles. No final, será ótimo para a gente, porque aliviará o peso sobre nossos ombros que a maternidade nos impõe, e ainda fortalecerá os laços deles com nossos filhos, o que é bem saudável. Precisamos acabar com essa ideia de “mãe-mulher maravilha” que a sociedade quer nos vender e impor. Mãe é uma criatura que tem necessidades vitais, sociais, sexuais, fisiológicas a serem satisfeitas. Mãe não precisa ser uma “mulher maravilha”.
↧